Cavalaria 2 de Julho - Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I LJEU

“A Cavalaria é o futebol americano otimizado da Bahia”

Para o presidente Thiago Nascimento, a Cavalaria 2 de Julho, time de futebol americano e flag football que representa a Bahia no Brasileirão, vive a melhor versão do esporte no estado

 

Marina Branco (@marinavbranco) e Sofia Nachef (@sofianachef)

 

“Nasce o sol a Dois de Julho, brilha mais que no primeiro. É sinal que, neste dia, até o sol, até o sol é brasileiro”. O hino da Bahia que deu nome à equipe de futebol americano de Salvador leva, acima de tudo, a identidade do estado cada vez mais representado no esporte, indo além de fronteiras nacionais e internacionais.

 

O som do apito ecoa no campo, a luz desse mesmo sol brilha refletida no capacete, e a Cavalaria 2 de julho escreve a história que começou na areia há tantos anos, desafiou a falta de estrutura, sobreviveu a crises e hoje figura entre os clubes mais organizados e respeitados do país. Hoje, representa a Bahia nacionalmente no Brasileirão de Futebol Americano e internacionalmente com parcerias até com a estadunidense NFL (Liga de Futebol Americano, em tradução livre), mas sem jamais deixar para trás suas raízes. 

 

Cavalaria 2 de julho | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

Do Vitória à Bahia

 

A história começou antes mesmo do nome “Cavalaria” existir. O futebol americano desembarcou na Bahia entre 2008 e 2011, ainda tímido, jogado em praias e praças, com atletas improvisando uniformes e equipamentos.

 

Os primeiros times baianos, pequenos e fragmentados, foram abrindo espaço para o esporte aos poucos. Um dos primeiros, o Salvador All Saints Futebol Americano, surgiu em 18 de outubro de 2008, disputando seus primeiros torneios no Campeonato Brasileiro de Futebol Americano de 2012 e na Liga Nordestina de Futebol Americano do mesmo ano. Em 2013, o clube firmou parceria com o Esporte Clube Vitória, mudando de nome para Vitória All Saints Futebol Americano e estreando no Torneio Touchdown como única equipe do Nordeste naquele ano. 

 

No ano seguinte, no entanto, não pôde participar do TTD por dificuldades financeiras, e a solução foi se fundir com o Salvador Kings, outro time soteropolitano de futebol americano. Dessa união, em 2015, nasceu o Vitória Futebol Americano, primeiro grande projeto coletivo do estado, que no mesmo ano se classificou pela primeira vez para os play-offs da Liga BFA (Brasil Futebol Americano). Com mando de campo no Estádio Armando Oliveira, em Camaçari, o time usou o Estádio Alberto Oliveira em Feira de Santana e o Estádio Municipal de Madre de Deus, em Madre de Deus.

 

Anos depois, em 2017, surgiria o marco definitivo para a formação da Cavalaria, que uniu atletas apaixonados pelo esporte na luta para jogar mesmo não podendo viver apenas do futebol americano. O engenheiro e atual presidente Thiago Nascimento lembra o momento em que o grupo decidiu que era hora de dar um novo passo – um que representasse toda a Bahia, e não apenas a capital.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

“A gente queria uma ligação maior com o nosso estado. O nome ‘Vitória’ representava uma cidade, e nós queríamos representar um povo inteiro. Foi aí que nasceu a Cavalaria 2 de Julho”, conta Thiago.

 

O nome foi escolhido com ajuda de um professor de História, e carrega uma das maiores simbologias da independência baiana. O 2 de Julho, data que celebra a expulsão das tropas portuguesas em 1823, virou o emblema da equipe. O cavalo do escudo tem a forma do número 2, as sete cristas representam os heróis da luta, e as cores remetem ao uniforme dos marechais da independência.

 

“Trouxemos elementos daquele momento histórico: as cores, o cavalo em forma de dois, os detalhes do uniforme. Queríamos que o time tivesse alma baiana”, explica Thiago.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

Desde então, a Cavalaria 2 de Julho se tornou símbolo de resistência, profissionalismo e identidade. Entre suas principais conquistas, estão os títulos do Velho Chico Bowl (tricampeão), o 3º lugar no Nordeste, o 2º lugar na Taça Prata, e, acima de tudo, o reconhecimento de ter trazido uma semifinal inédita para casa no Brasileirão.

 

O início de tudo

 

A história e simbologia são lindas – mas o caminho não foi nada fácil. Os primeiros anos da Cavalaria foram de persistência, contra dificuldades financeiras, falta de campos e até crises logísticas. O episódio mais delicado veio em 2018, quando, durante um jogo em casa, uma falha nos refletores impediu a partida de acontecer. O risco de W.O. poderia ter causado uma suspensão de até três anos, o que praticamente encerraria o projeto.

 

“Foi um momento muito difícil. Por pouco não fomos eliminados. Mas conseguimos reverter e seguir em frente. Isso fortaleceu o grupo e mostrou que estávamos prontos para lutar”, relembra o presidente.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

A virada tinha que vir, e começou com estrutura. A Cavalaria se profissionalizou: foi para o Estádio de Pituaçu, montou núcleo de saúde, departamento de preparação física, corpo técnico multidisciplinar e passou a contar com atletas e treinadores norte-americanos.

Agora, o time se divide em dois centros de treinamento. O primeiro, localizado em Salvador, na Boca do Rio, é equipado com campo completo, enquanto o segundo, em Feira de Santana, funciona dentro do Colégio Estadual de Tempo Integral da cidade, oferecendo campo, arquibancada e auditório para os treinos da Calavaria, que treina pelo menos duas vezes toda semana.

O que antes era um time amador, agora se transformava em um projeto esportivo sólido, que unia formação, rendimento e identidade com apoio financeiro da Sudesb, a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia, autarquia do governo baiano ligada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte. “A Cavalaria é o futebol americano otimizado da Bahia. Temos estrutura, técnicos, saúde, preparação e uma organização que faz o atleta evoluir constantemente”, resume Thiago.

 

A formação do Flag Football

 

Enquanto o futebol americano de contato, o Full Pad, crescia, outro braço da Cavalaria nascia: o Flag Football, versão sem contato direto e com fitas presas à cintura.

 

Quem conta essa história é Erick Barbosa, jornalista e atual coach de flag, que entrou no time em 2019, quando o time de flag ainda se chamava Dollar Street. “Eu já acompanhava o esporte, mas nem sabia que havia um time em Salvador. Entrei já adulto, e o flag, naquela época, era só uma categoria de desenvolvimento para quem queria jogar full pad“, explica.

 

Flag Football da Cavalaria | Vídeo: Divulgação I Cavalaria 2 de Julho

 

A virada veio em 2020, quando o grupo decidiu transformar o flag em um time independente, com calendário e metas próprias. A pandemia interrompeu os planos, mas, em 2022, a Cavalaria realizava um sonho, estreando oficialmente no Campeonato Brasileiro de Flag Football.

 

Desde então, a equipe se consolidou como uma das principais forças da região, com resultados expressivos: 3º lugar no Nordeste, 2º na Taça Prata Nacional, e, a partir de 2024, a criação da categoria feminina, marco histórico para o esporte baiano.

 

“Hoje o flag é tão importante quanto o full pad. Temos as três categorias em pé de igualdade. O flag masculino, o feminino e o futebol americano de contato convivem dentro da mesma estrutura”, reforça Erick.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

O nascimento do feminino: a camisa 1 e o primeiro touchdown

 

Quando a advogada Samai Pauline chegou à Cavalaria, o time feminino ainda era uma promessa. Apaixonada por esportes, foi convidada por uma amiga para uma seletiva em Salvador, e o que começou como curiosidade virou paixão.

 

“Nunca havia tocado em uma bola oval. Foi fora de tudo o que eu conhecia, mas fui aprovada e aceitei o desafio”, relembra a atleta. Ela testemunhou a equipe se reestruturando para receber as mulheres, num processo feito “com respeito e paciência”, e foi aos poucos se tornando parte integrante do processo.

 

Flag Football feminino da Cavalaria | Vídeo: Divulgação I Cavalaria 2 de Julho

 

Logo, faria história – vestindo a camisa número 1, Samai se tornou a primeira atleta feminina da Cavalaria e autora do primeiro touchdown oficial do time feminino.

 

“Escolhi a camisa 1 porque tenho essa personalidade de iniciativa. Fui a primeira atleta e fiz o primeiro TD oficial. É coisa de Deus, inexplicável”, conta, emocionada.

 

O flag feminino trouxe resultados rápidos, conquistando medalha na Copa Nordeste e criando planos ambiciosos para o Regional Nordeste. No entanto, muito além das vitórias, Samai fala de pertencimento.

 

“Somos mães, esposas, adolescentes, e somos acolhidas como família. É isso que me motiva: saber que posso contar com todos, dentro e fora de campo”, relata.

 

A visão do capitão

 

Entre os veteranos, o educador físico Felipe Nunes, conhecido como “Índio”, capitão da Cavalaria e atleta da Seleção Brasileira de Flag, é uma das vozes mais respeitadas. Ele viu tudo nascer – jogou antes do nome Cavalaria existir e acompanhou a transformação do projeto.

 

“Entrei quando o time ainda tinha outro nome. Conhecia pouco do esporte, mas me apaixonei. Estudava vídeos, PDFs, treinava por conta própria. Desde então, nunca parei”, relembra.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

Índio foi protagonista da primeira classificação aos playoffs em 2017, viu o time bater na trave várias vezes e agora celebra o amadurecimento do grupo. Mais do que atleta, ele se tornou formador, levando a experiência da seleção para dentro do time e ensinando as novas gerações.

 

“Ser capitão da seleção me ensinou sobre liderança e comportamento. Quero que todo mundo cresça comigo. Hoje só eu estou na seleção, mas quero que venham muitos outros atletas da Cavalaria no futuro”, projeta.

 

Do olhar aos campos

 

A história que cresceu sob os olhos de Índio foi captada por muitas pessoas essenciais na trajetória da Cavalaria dentro e fora dos campos, apaixonando pelo esporte até os que não eram apaixonados. É o caso do também educador físico Paulo Rios, atleta de full pad e preparador físico, que entrou em 2018 como fotógrafo e acabou se tornando jogador.

 

“Conheci o time por um amigo, o Índio. Levei uma câmera para tirar fotos e acabei ficando. Em 2020, voltei a treinar e nunca mais saí”, lembra. Paulo viu a Cavalaria crescer técnica e estruturalmente. Para ele, o time se tornou exemplo de organização e evolução dentro do futebol americano brasileiro.

 

“Desde a pandemia, quando aproveitamos para nos organizar internamente, o clube cresceu muito. Hoje somos referência de gestão e preparo”, comemora.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

Ele lembra com carinho das vitórias marcantes, sendo a primeira em casa contra o Pirates do Recife, em 2022, e a histórica sobre o João Pessoa Espectros, em 2024. Mas, como Samai, seu olhar vai além das conquistas. Paulo acredita que o esporte carrega uma mensagem inclusiva e transformadora, muito presente na filosofia da Cavalaria.

 

“O futebol americano é um jogo de xadrez com gladiadores. É inclusivo: tem espaço para todos os tipos de pessoa, independente de peso ou altura. É um esporte emocionante e desafiador”, classifica.

 

Quando o mundo descobre a Cavalaria

 

O crescimento foi tamanho que a Cavalaria passou dos limites regionais, dos jogadores espalhados por Feira de Santana, Alagoinhas, Camaçari, Juazeiro, Petrolina e Aracaju, e chegou ao exterior. Junto a técnicos estrangeiros, o time recebeu atletas de fora do Brasil, como o jogador norte-americano Callus Cox.

 

Ele chegou ao Brasil para jogar e ajudar no desenvolvimento técnico do esporte, trazendo experiência de outros times brasileiros como João Pessoa Espectros, Manaus FA e Rio Academy, além de bagagem internacional quando jogou no esporte universitário estadunidense. Hoje, Cox acredita que o time ainda não tem o reconhecimento que merece, mas vê “potencial para coisas grandes”.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

Mesmo com as dificuldades logísticas, com jogadores vindos de várias cidades, ele destaca a união como o ponto mais forte do grupo. “Temos atletas de diversas cidades jogando como um só. É um teste de comunicação e evolução, mas nossa vontade de continuar lutando é nossa maior força”, comenta.

 

Hoje, Cox acredita que o grupo tem qualidade para competir com os maiores da Superliga dos Estados Unidos e enxerga um futuro promissor para o futebol americano no país. “Existe uma crença de que somos mais fortes e podemos competir com times do topo. Você nunca sabe quem vai estar no jogo, mas quem estiver dá tudo de si”, diz.

 

Brasil na Bahia

 

Construindo o caminho aos poucos, a Cavalaria começou a quebrar recordes, levando o esporte baiano tão longe, que passou a trazer o Brasil para a Bahia. Foi assim que, pela primeira vez, apesar de nunca ter jogado em Salvador, a Cavalaria disputou uma semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano contra o Fortaleza Tritões, em outubro de 2025, como mandante, no Joia da Princesa (estádio de Feira de Santana). Infelizmente e por uma diferença mínima, o resultado não veio, e a Cavalaria acabou derrotada pelo time cearense por 29 a 28. Apesar da derrota, a história se fez e não para por aí.

 

“Disputar uma semifinal em casa foi uma sensação única. Os jogadores estavam empolgados, o público estava empolgado. É a prova de que estamos no caminho certo”, comemora o presidente Thiago Nascimento.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

O feito é ainda mais simbólico quando se lembra que, por muitos anos, o futebol americano na Bahia era sinônimo de superação. As viagens longas, que chegavam a 16 ou 22 horas, faziam parte da rotina. Agora, o descanso, o apoio e o reencontro com o torcedor criam o cenário ideal para um momento de virada. “É uma recompensa. Jogar em casa é ter o nosso povo perto, é sentir que a Bahia também abraça o futebol americano”, completa Thiago.

 

A semifinal inédita em casa simboliza mais que uma conquista esportiva: é uma vitória cultural, com o futebol americano baiano mostrando sua força, sua organização e sua capacidade de mobilizar uma comunidade inteira.

 

Estádio Joia da Princesa I Divulgação
Estádio Joia da Princesa I Divulgação

 

E, se depender deles, o sonho não para por aqui. “Com a mesma garra dos heróis do 2 de Julho, vamos lutar até o fim”, resume Paulo, emocionado.

 

Futuro da Cavalaria

 

Apesar de toda a fé que coloca na equipe, Cox também faz um alerta: o esporte precisa investir na base. “Vem crescendo, mas ainda não existe foco suficiente no desenvolvimento dos jovens. Outros países investem muito mais em atletas da juventude”, opina.

 

Campeão por outras equipes, ele acredita que o potencial da Cavalaria vai além de estar em uma semifinal: “A sensação é boa, mas eu sei que podemos fazer muito mais. Eu quero coisas maiores”.

 

O papel da Cavalaria na formação de base vem sendo feito principalmente pelo NFL Flag, projeto do qual o time é padrinho desde 2024, quando a própria liga americana tomou a iniciativa de popularizar o Flag Football no Brasil.

 

Duas escolas baianas formaram equipes sub-12 e sub-14 com apoio da Cavalaria, e quatro jovens revelados nesse projeto hoje treinam com o time. “É maravilhoso ver jovens sonhando com o esporte. Eles são o futuro da Cavalaria e do futebol americano no Brasil”, diz Erick, orgulhoso.

 

Da Bahia para o Brasil

 

“Saímos da praia sem equipamento e hoje estamos entre os melhores do país. É a prova de que evoluímos sem esquecer nossas raízes”, resume Thiago Nascimento.

 

Cavalaria em campo contra Espectros na Vila Olímpica Parahyba em João Pessoa | Foto: Divulgação I Gabriel Cerqueira I Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA

 

Nos bastidores, a equipe continua a formar atletas, inspirar jovens, abrir espaço para mulheres e consolidar o esporte na Bahia, como reconhece o presidente. “O 2 de Julho representa a liberdade e a luta do povo baiano. E a Cavalaria carrega esse mesmo espírito: o de nunca desistir, de lutar até o fim e de representar a Bahia com orgulho”, conclui Thiago.



Matéria em áudio:

 

 

 

Marina Veiga Branco é estudante de Jornalismo na FACOM I UFBA e membro da presidência da Liga de Jornalismo Esportivo da UFBA. Atualmente, atua como jornalista esportiva no Portal A Tarde, tendo desempenhado a mesma função no Jornal Correio. Fora do jornalismo, trabalha com geopolítica e linguagens. 

 

Sofia Gallo Pedreira Nachef é estudante de Jornalismo na FACOM I UFBA e social media na Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura da UFBA. Além do Jornalismo, possui experiência como designer freelancer e fotógrafa.

 

A motivação para a escolha da pauta nasceu do interesse em compreender como a identidade baiana vem marcando presença dentro do esporte e levando times baianos a espaços de visibilidade nacional e até internacional. O surgimento e a consolidação da Cavalaria 2 de Julho, hoje uma das principais equipes de futebol americano da Bahia, veio como um exemplo simbólico dessa transformação, unindo história, cultura e profissionalização em torno de um projeto esportivo. A pauta foi escolhida pela relevância cultural, social e educacional da equipe, que forma uma comunidade diversa composta por atletas, dirigentes, mulheres, jovens e até estrangeiros, comprometida com a construção de um esporte emergente no estado sem abrir mão da identidade baiana. A Cavalaria sintetiza um movimento que vai além do campo, colocando em prática um esforço de pertencimento e inovação que reafirma a identidade baiana enquanto projeta o futebol americano local no cenário nacional.

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